Você já se perguntou como os profissionais chegam ao valor de um imóvel? Não é chute, nem mágica — é técnica! Existem métodos bem definidos para isso, e hoje vamos conversar sobre os três mais usados: comparativo, involutivo e da renda.
1. Método Comparativo Direto de Dados de Mercado
Esse é o mais comum e fácil de entender. Funciona como quando você pesquisa o preço de um celular e compara modelos parecidos. No caso dos imóveis, o avaliador analisa outros imóveis semelhantes (mesma região, tamanho, padrão construtivo etc.) que foram vendidos recentemente. A partir desses dados, ele ajusta as diferenças e chega a um valor justo para o imóvel avaliado.
Exemplo prático: se um apartamento de 80 m² no mesmo prédio foi vendido por R$ 500 mil, e o seu tem uma vaga a mais na garagem, o avaliador ajusta esse detalhe e estima o valor com base nisso.
2. Método Involutivo
Esse método é mais técnico e muito usado para terrenos. A ideia aqui é “voltar no tempo” e calcular quanto vale o terreno hoje, considerando quanto ele renderia se fosse desenvolvido (por exemplo, com a construção de um prédio).
O avaliador estima o valor de venda das unidades futuras, subtrai os custos de construção, impostos, lucro do empreendedor e chega ao valor do terreno. É como fazer uma conta de trás pra frente.
Exemplo prático: se um terreno pode gerar um prédio com 10 apartamentos de R$ 400 mil cada, o avaliador calcula o custo total da obra e o lucro esperado, e então descobre quanto vale pagar hoje por esse terreno.
3. Método da Renda
Esse método é ideal para imóveis que geram receita, como salas comerciais, galpões ou imóveis alugados. O avaliador calcula quanto o imóvel rende por mês (aluguéis, por exemplo) e projeta esse valor ao longo do tempo, descontando riscos e taxas. Assim, chega-se ao valor presente do imóvel.
Exemplo prático: se um imóvel gera R$ 5 mil por mês em aluguel, o avaliador estima quanto isso representa em valor de mercado, considerando a taxa de retorno esperada.
Cada método tem sua aplicação ideal, e o bom avaliador sabe qual usar em cada situação. Entender essas diferenças ajuda você a tomar decisões mais seguras, seja comprando, vendendo ou investindo.